viernes, 11 de diciembre de 2009



Menino errante agonizava no vazio
sangrava à toa
a carne maculada
pele suja, malfadada
a chaga aberta
a dor que perdura
o grito nunca liberta

Menino errante comia o sonho
mastigava e o engolia enfadonho
na lúgubre madrugada
arrastando a tonelada
da vida, da desgraça
enojada a rua o via
estremecida o vomitava

Menino errante agora ocupa o buraco
que lhe foi dado com alívio e descaso 
oh!, errante desgraçado
menino imundo
que do mundo já não faz parte
bem melhor que agora reparte
essa terra que nunca foi arte

Belo Horizonte
11/12/2009

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